Apenas Meninos

Descalços,
Sem eira nem beira,
Sem lar e sem teto,
Nulos de afeto,
Meninos de rua,
Dançam no asfalto,
Por entre os carros,
Espantam o medo,
E todo segredo,
Daquela inocência,
Imploram presença,
Enquanto crianças,
Vendem confetes,
Chicletes,
Balas e doces,
Rosas tão belas,
Entre lágrimas exploradas,
De quem um dia,
No meio das flores,
Mostrará um punhal.
Ou um belo arsenal,
Fruto de toda ignorância,
Que foi ser criança,
Dançando na rua.
Sem Deus, sem destino,
Meninos...apenas meninos.

Sônia Ferraz - Serei@SP/2003
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 26/08/2005
Reeditado em 21/02/2010
Código do texto: T45295
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