Desperta Periferia
Oh, Periferia!,
Das ruas de terra, dos becos, das favelas embutidas...
E da simplicidade do dia a dia...
Quantas poesias!...
E sentimentos feridos
Guarda dentro desse coração sofrido?!.
Oh Periferia!,
Como pode se deixar ludibriar pela falsa alegria,
Enquanto o seu povo é massacrado...
E, da amargura, é escravo?!
Por que não os ensina a lutar...
Pelo conhecimento capaz de os libertar?
Pois estou cansado de ver, frustrados, olhares,
Iludidos pelas falsas promessas de, calmos, mares...
Quando a realidade é feita de tempestades,
Sendo tarde demais quando estes as descobrem.
Desperta Periferia!,
Para conhecer o teu inimigo
E alimentar, com conhecimento, os seus filhos,
Dando-lhes não apenas o direito de sorrirem,
Mas, principalmente, o de existirem...
Desperta Periferia!...
"Penso logo existo" (René Descartes)
"Um homem pensa aquilo que lê" (Rui Barbosa)