NO BRASIL É ASSIM

Como menestrel irônico

Eu faço meu comentário

Deste país imbecil

Que se julga autoritário

Sem nenhuma autoridade

Pra combater na verdade

O regime refratário

Como beletrista puro

Quero cantar meu país

Falar com sinceridade

Dos seus problemas viris

Este país do deboche

Que sempre virou fantoche

Nas mãos dos chefes hostis

Neste país sem moral

Quem presta não tem valor

Pois somente a molecagem

Ganha respeito e penhor

O cidadão verdadeiro

Vive como forasteiro

Por defender seu pudor

Neste país sem lisura

Não tem vez o cidadão

Somente o tosco bandido

Ganha o nome de barão

O cidadão genuíno

Vive como peregrino

A busca do próprio pão

Sou brasileiro da gema

Mas me sinto envergonhado

Em ser filho de um país

Que nunca foi delicado

Um país autoritário

Que condena o proletário

A viver escravizado

Como poeta do povo

Cantei com muita lisura

A falta de humanidade

Deste país sem cultura

Que não respeita ninguém

E transforma em Zé Ninguém

A mais nobre criatura

Como poeta virente

Eu não posso me calar

Diante tanta miséria

Neste país popular

Que só propaga riqueza

Enquanto a nossa pobreza

Não tem como respirar

Finalizo meu poema

Com muita simplicidade

Criticando de um país

Que não tem humanidade

Embora queira ser nobre

Mas obriga o povo pobre

Viver da calamidade

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 16/09/2016
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