MARCAS DO SOFRIMENTO

Hei.... Você da cidade;
olhe bem para o meu rosto,
E diga, qual minha idade?

Pelas rugas de cansaço;
muita fome e sofrimento,
Não tenho o que você tem;
pois nem quase me alimento!

No calor da terra seca;
desse tão vasto sertão,
perdi minha mocidade;
Acho até que o coração.

Hoje, já bem cansada;
trago no rosto suado,
As marcas do meu passado;
que me fizeram ficar,
com o rosto todo enrugado.

Em que mundo nós estamos;
se somos todos irmãos?
Sem justiça, sem igualdade;
por isso, me envergonho,
E escondo meu rosto com as mãos!