Vampira rainha

Tão doce era quando queria

Capaz de pacientemente escutar

Mas quando algo de verdade queria

Bradava para toda atenção chamar

E como dona que era das atenções

Nem precisava esperar muito por seus pedidos

Seus brados alertavam corações

Pois seus caprichos eram logo atendidos

Era mulher bela, mas também forte

De caráter firme e olhos profundos

Não sabia o que era azar ou sorte

Sentia-se a rainha de todos os mundos

Mas sua doçura era até compreensível

Pois quando queria acalmava o mundo

Pulso forte, postura irrepreensível

Quando falava, tirava do coração algo profundo

E assim entre a doçura e a força que tinha

Estava acima de todo pobre mortal

Era na verdade uma vampira que não se detinha

Diante das dores, não via o mundo como algo banal

Sua postura diante das suas necessidades

Era com volúpia e com urgência tudo resolver

Era rainha doce e voraz em suas verdades

E em vão nenhum sangue deixava correr

Paulo Raven
Enviado por Paulo Raven em 19/07/2020
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