Ah, vida...

Ah vida, o que será de mim?

Ando tão aflito e perdido

Temo que a sombra da Morte chegue enfim

O Amor dentro de mim foi iludido

Lágrimas derramo, será o meu fim?

Não sinto mais em meu corpo

O calor e a motivação

E tudo a minha volta

É escuridão e horrenda putrefação

As batidas antes compassadas

Que pulsavam com emoção

Cessaram assim do nada

Está morto meu coração

Caminho em direção ao sepulcro

Que foi aberto para minha desolação

Nele deitarei o meu fraco corpo

E me enterrarei com as próprias mãos

Ah vida, o meu Amor morreu

Antes o que era plenitude e luz

Dentro do meu peito feneceu

E o vazio e o abismo me seduz

Minhas lágrimas de sangue

Escorrem sem parar

Chegar ao fim me constrange

Mas só a Morte veio me amparar

Minha amada foi levada por Caronte

Jaz na outra margem do rio Estige

E o brilho que eu carregava na fronte

Na escuridão hoje se extingue

Ah vida, não posso mais viver

A Solidão veio me abraçar

Enquanto me preparava para morrer

Sozinho, sem amor não posso ficar

Permita-me ao sepulcro descer

Meu Amor foi repentinamente tomado

Levando a alegria de viver

E agora desconsolado

Chegou a hora, vou morrer

Ah vida, acreditei na eternidade

Pensei que o Amor seria para sempre

Hoje só sinto no peito saudades

Em direção a Morte caminho indiferente

Pois sei que para saciar minhas necessidades

Meu verdadeiro Amor não estará mais presente

Ouvindo Sirenia, música Save Me From Myself

Paulo Raven
Enviado por Paulo Raven em 26/08/2020
Reeditado em 27/08/2020
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