REFORMA AGRÁRIA
Não é minha nem tua
A terra que defendo
Contra teus jagunços sanguinários
E pela qual ergo minha voz
Com tanta paixão.
Não é só contra tua ganância
E teu orgulho que eu luto
Porque por eles
Tu mesmo responderás
No momento derradeiro.
Minha luta não é só pela posse da terra,
Ela que é mãe e não precisa
De nosso sangue.
Minha luta é também
Pelo que ela nos dá
Que é suficiente pra todos nós:
O trigo, o fruto, a água, a sombra
E todo o necessário pra que meus filhos
Cresçam sadios
Como crescem os teus.
Dos livros "Criança" e "Antologia Poética PASSA NA PRAÇA QUE A POESIA TE ABRAÇA".