Meu amor

Quero crer em seus olhos famintos...

Quero sentir sua boca delgada...

Quero ouvir seus gemidos...

Quero sentir-me sua nessa madrugada!

Quero visitar essa sensação cálida

De que sempre o desejei...

Quero admitir essa emoção contida

No medo que sempre sustentei...

Venha, meu amor, me ensine

A esquecer o medo de entregar-me!

Torne-me sua hoje e na eternidade...

Venha, meu amor, seja a parte

Desse meu todo que tanto lhe anseia!

Seja o todo, a parte, a vida e a morte...

Verônica dos Santos