TAÇA DO SILÊNCIO

Aroma.

Silêncio.

Tato.

Tremeluzir das palavras que iluminam os passos.

Lufada: uma pluma reluta cair.

Redemoinhos.

Redes.

Moinhos.

Moendas.

Desejos.

Do silêncio,

O aroma.

Do Tato,

Tu.

Pele: luz de bronze que anuncia folhas macias orvalhadas que almejam toques sutis;

Cheiro: noite serena trapeira que persiste em minhas narinas e me narcotiza;

Olhar: orladura libidinosa que é capricho triguenho da perfeita criação;

Voz: audiência harmoniosa e outonal no aconchego de um ninho.

Amanho.

Amálgama.

Amante.

Teu aroma é a taça do silêncio do meu tato estagnado que, dúctil, te possui, e

Cada Taça que bebo do teu aroma é um Rio que desponta Na fonte dos meus desejos mais devassos.

C.J. Maciel

Carlos Maciel CJMaciel
Enviado por Carlos Maciel CJMaciel em 24/04/2014
Código do texto: T4780916
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