DO QUE SE É, O QUE SE VÊ?

Carmen Cristal

 

Vejo o mundo

E tudo que está nele

Seja matreira morta

Ou a vida em exuberância

Vejo com olhos de amor

Com o coração de carinho

Com razão e consciência!...

 

Valorizo os sentimentos!...

As gentes e seus relacionamentos.

Sinto em mim tanto amor!...

Prazer de me dar!...

Entrego e dou o melhor de mim

Incondicionalmente...

 

Porque então vivo esta solidão!?

Busco por companhia e não tenho!

Por carinho e não recebo!

Imploro amor e, estou só,

Sem ninguém, em torno à escuridão

Insônia e frustração!....

 

Vejo muito ou vejo pouco!?

Cego é aquele que não quer ver

Ou vê e não entende...

Das horas, me ficam os momentos!

Dos momentos, lembranças!

Viver é uma façanha,

Uma conquista diária...

 

De vestes rasgadas, fez-se o passado!

As incertezas, justificam o presente...

A insegurança é dor...

No silêncio da noite de insônia

Deito sobre os espinhos dos pesadelos

Dolente um emaranhado de sentimentos

 

Farta-se o monstro da incerteza da carne fraca

Debilita o amor que se quer...

 

Santo André

SP-BR