Rua dos Poetas

Alguma rua do mundo terá o meu nome.

E dirão que é verde-amarelada

Como o meu sorriso.

Meu olhar vagoroso e suspenso.

E passarão pela rua,

Não se darão conta que é o meu nome.

Alguém dirá: como colocam nome tão esdrúxulo numa rua?

A menina triste da casa acinzentada rirá

das rimas possíveis com a terminação el.

Que chapéu de papel no pastel!

E novos esquecerão dos antigos,

Novos nomes quererão para a minha pobre ruinha.

Quererão algo como artista de cimena ou novela.

Aquele lá diz de uma modelo da playboy.

De longe sorrio alegre

E penso, "como é linda a minha rua!"

Não é grande, mas pequenina.

Tão pequenina que só o meu nome caberia nela.

Amael Alves Rabelo Júnior
Enviado por Amael Alves Rabelo Júnior em 27/08/2008
Reeditado em 13/10/2008
Código do texto: T1148500
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