O amor conforme Talião
O amor tinha sempre que seguir a lei de Talião
A qual diz: “olho por olho... dente por dente”
E, então, por que não: coração por coração
Assim deveria ser todo e qualquer relacionamento
Uma constante reciprocidade de plenitude sentimental
Onde se faz vivente um eterno consentimento
E o casal, inteiramente, entrega-se por igual
Se ela sente a dor da saudade
Esta dor seria a dele também
Caso ele deseje poder amar com liberdade
Para isto, em suas preces, ela diz sempre “amém!”
Se, para ambos, a distância físico-presencial é um mal que incomoda
Eles fazem dos pensamentos um lugar sossegado para se encontrar
Quem sabe num lindo pomar, sob pés-de-amora de base sombreada
Encontrem a almejada tranqüilidade para poderem em paz se beijar
Porém, com os sonhos vêm os pesadelos
Juntos com a tristeza e o medo do azar
Formando alguns terríveis obstáculos
Que os fazem pensar em desistir... em parar
Felizmente, num momento de inspiração, bem repente
Lembraram-se que ao concretizarem uma forte união
De corpo, alma, energia e mente
Barreiras nenhumas os deterão