Sou o que sou...
Já me perguntaram o que me acontece comigo
Quando escrevo tais versos e prosas...
Já me dizeram que sou muito imaginativa
Quando me visto de tercetos e quartetos...
Mas nunca vão compreender esse meu silêncio
Que transforma o que está tão escondido e calado
Em algo que grita revolta, amor, paz e ideais!
Sou poeta da Lua que brilha no quintal...
Sou poeta da Menina Mimosa que ainda
Sonha com o seu príncipe encantado...
Sou poeta da Madrugada, minha mãe...
Sou poeta da Loucura, minha madrinha...
Sou poeta do Amor vivido e sentido, meu pai...
Sou filho de uma sociedade fria e hostil,
Mas que sempre se encontra em algum verso
Que anda perdido na Madrugada tão amiga!