DANÇA DE OPOSTOS

Sonho não se nega.

Homem não usa nenhum disfarce

(ou pelo menos não deveria!)

Pássaro que nasce nos abraça

Com lábios, beleza, leveza de lágrimas

Sorrindo na face.

Ave com as primeiras penugens

A chuva é a própria melodia,

Flor molhada de fantasia.

Cordas de emoção

Fazem abandono do controle remoto.

Nova pauta nos escreve,

Gravação aguda de vida

Feita de velhas danças.

Tudo é novo quando não se conhece!

Redemoinho de rendas

Arranjam sina que o ser assina.

Entre sombras do que somos

O porto que nunca alcançamos

- espaço feito pra novas danças!

Tudo é velho

Quando já se viveu muito.

Ruberval Cunha
Enviado por Ruberval Cunha em 20/03/2006
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