DANÇA DE OPOSTOS
Sonho não se nega.
Homem não usa nenhum disfarce
(ou pelo menos não deveria!)
Pássaro que nasce nos abraça
Com lábios, beleza, leveza de lágrimas
Sorrindo na face.
Ave com as primeiras penugens
A chuva é a própria melodia,
Flor molhada de fantasia.
Cordas de emoção
Fazem abandono do controle remoto.
Nova pauta nos escreve,
Gravação aguda de vida
Feita de velhas danças.
Tudo é novo quando não se conhece!
Redemoinho de rendas
Arranjam sina que o ser assina.
Entre sombras do que somos
O porto que nunca alcançamos
- espaço feito pra novas danças!
Tudo é velho
Quando já se viveu muito.