MEXO COM AS MECHAS DEIXADAS POR VOCÊ!
 
 
Vou riscando sem nexo o meu desconexo lamuriar!
 
Lua acendendo a minha solidão com uma claridade sem clareza!
 
É hora de mexer com os reticentes sonhos que não conseguiram dormir e me deixam estupefato frente às tantas ilusões desnudadas nesta lembrança que molha minha face!
 
Esforço-me para não contrariar tanto o meu coração e, também, a minha alma, mas tudo conspira em face do movimento imposto para alterar!
 
Gero uma crise instantânea!
 
Arrepios aumentam a sensação de desconforto abraçando o meu corpo inteiro!
 
Vento soprando a esculpida saudade nesta cintilante noite de vazio misterioso!
 
Não ouço passos!
 
Tampouco vozes externas, somente estas aqui dentro do meu peito insistem para nascer apressando o meu grito!
 
Somam-se muitos riscos!
 
Linhas tortas,
grifos rasurados na revisão da vida,
letras extraídas e acrescentadas...
enfim, buraco opaco nos meus olhos que não conseguem vê-la na porta da minha alma!
 
São tantas mechas grifadas por você que é impossível não mexer com o meu silêncio... por isso, sei que careço sair com as asas do meus visores para tornar este mundo impalpável em substância mantenedora para o meu riso!
 
Talvez eu nem abra a boca neste gesto almejado,
mas a caricatura do esboço da alegria já terá sortido o efeito para o nosso abraço!
 
Sorção de nada e de tudo!
 
Noite vazia...
cheia...
nascendo solitário indivíduo que nasce com as letras garimpadas no tesouro da vida!
 
©Balsa Melo
14.01.09
Cabedelo - PB
Brasil
 
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BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 14/01/2009
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