Mão que apedreja

Sentada, ela pensava...

como se a dor

só lhe doesse na alma,

pois seu corpo

que estava ferido,

por si só

lhe enojava.

As lembranças daquela tarde,

as marcas na pele branca.

Sentada, ela chorava...

como se uma chuva

lhe chovesse

de maneira inesperada.

Seu corpo então tremia,

seus olhos tão tristes

lagrimavam.

Os gritos amedrontados,

delicadesa violada.

A mão que dava o alimento

era a mesma que agora lhe matava.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 07/03/2009
Reeditado em 16/09/2009
Código do texto: T1474636