ROMBO AFETIVO

Flutuamos no caos do que um dia foi sonho,

carregando este peso da esperança morta;

somos farsa enfadonha insistindo nos flancos

do cenário e da porta pra tempo nenhum...

Nada mais nos carimba como passaportes

pra romper as barreiras que o seguir impõe,

são mais fortes que nós os entraves do rumo

que nos faz recuar, cada um para si...

A distância entre nós ludibria o que vemos;

os momentos de amor são miragens na poça

desta nossa ilusão que preservou a lama...

Insistimos na história já depois do fim,

só nos falta ceder à vertigem do tombo

neste rombo afetivo que há muito se abriu...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 17/04/2009
Código do texto: T1544898
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.