PEDINDO PAZ

É preciso abrandar esta brasa na mente,

pra romper a corrente que me faz escravo;

quero as águas vindouras lavando meu ego,

arrancando este prego da carne cansada...

Esta cruz do rancor, que não mata nem solta;

a revolta incontida guiando meus passos;

este sangue nos olhos, o fel na saliva,

uma ogiva implodindo no caos dos sentidos...

Tudo em mim pede paz e não sei merecer;

tenho mágoas expostas em lembranças vastas,

guardo pastas de arquivos que suplicam fim...

Perco vida insistindo em cultuar a morte,

lamentar uma sorte que o tempo selou,

sem ceder ao abraço de um novo começo...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 12/05/2009
Código do texto: T1589705
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