minha esquizofrenia.
Quando o sol ocupa os passos já não sou eu quem caminha
Mas minha sombra, que, perturbando meu funcionamento intelectual
Desarticula meus pensamentos
Transformando-os em perturbadoras desconfianças
Meu corpo alucinado se retrai
Amarrado ao delírio e as alucinações sinto-me perdido
Vozes misturam-se a palavras sem coerência
Rio-me como uma hiena insana
Divirto-me
Entrego-me outra vez a polícia
Já não distingo a realidade
O todo é ilusório, irreal
Já não sei quem sou
Em delírio constante sou bicho, sou bruxo, sou povo, sou polvo
E continuo na minha insanidade mental
Em meio a minha esquizofrenia...