Não havia areia nos olhos.
Não havia nevoeiro adiante.
Não havia sequer escuridão,
nem medo do que viria.

Quanto percebi,
já habitavas o que era teu.

E aqui dentro,
batidas descompassadas
denunciavam o delírio.

Da tarde mais improvável,
da noite mais imprecisa,
da lua menos palpável,
veio você...

Com a boca mais quente,
com os seios perfeitos,
o olhar envolvente
e os ombros, eleitos.

As horas se foram,
os medos morreram,
e a vida se fez perfeita
quando te vi aqui.