Tudo que tenho é nada

Olha o jeito que vivo,

esse amor intuitivo;

Que revivo

cada vez que te vejo.

Como fugir ao calor do teu olho?

Se sou eu que me encolho

cada vez que me olhas.

É só isso que tenho,

uma mochila surrada,

Os dois pés na estrada

tudo que tenho é nada

para te oferecer.

Como posso fazer-te feliz,

se até hoje tudo o que fiz

foi fugir do amor.

Hoje, olhar teu olhar

é como me confessar

ao maior pecador.

É misturar um amor

à pitadas de dor,

sem saber o sabor

que essa mistura vai dar.

Então me encontro assim,

novamente na estrada

nessa viajem calada

fugindo de ti.

E fugindo de mim.

escrito na beira da cama de um hotel da estrada,

para a madrugada, que dormindo, nem viu.

helio ahcor
Enviado por helio ahcor em 27/08/2009
Reeditado em 27/08/2009
Código do texto: T1777520
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