TRIBUTO A UMA LÁGRIMA QUE JÁ SE FOI...
A todos os pais do mundo. Que sejam amados, assim como,
Muito amei o meu. Dedico.
“Ontem pela manhã”,
Lendo reportagem policial sobre um caso de violenta agressão
De um filho desnaturado contra o seu próprio pai;
Recordei-me dos dias felizes que passei junto ao meu,
Que foram convividos com muito amor, cumplicidade e compreensão.
Por conta dessa covardia, concebi este pequeno poema,
E, desejo que ele seja uma arma de defesa pessoal a favor daquele senhor”.
Guru de meus poemas! Meu alimento ideal!
Meu amigo querido! Meu Rei! Meu pedestal!
Meu anjo da guarda! Meu companheiro de riso!
Meu Confidente!
Meu galho! Minha árvore de lei! Meu vento norte!
Minha rocha viva! Meu oceano profundo!
Meu super herói! Meu exemplo de vida!
Amor indiscritível de meu coração!
Amor fantástico de meu filho! Amor eterno de meus irmãos!
Verdadeiro e único amor de minha mãe!
Irmão leal! Tio maravilhoso! Sogro exemplar!
Avô bondoso!
Cunhado sincero! Amigo fiel!
O Mundo pai: - foi-lhe pouco.
Devias ter vivido mais duzentos Anos.
Devias reviver, para brincar de pira com teus netos;
Pois algum destes, pai,
Você não os esperou chegar
- ou quem sabe! Não te permitiram esperar!
Devias viver, para enxugar as lágrimas saudosas,
E solitárias de teus filhos da terra,
Que até hoje teimam refluir lágrimas sentidas.
Devias saber que me fazes falta!
Que me deixas triste! Que ainda te Amo!...
Devias sentir que ainda derramo lágrimas talhadas!
Que ainda te sinto pulular no peito!...
Pai!... Ainda continuo crendo que um dia
Poderemos realizar aquela viagem
Que juntos combinamos fazer,
Mas que não a pudemos realizá-la.
Pai!...Será que donde estás
Poderás ler o livro que escrevi
E que está no ponto de povoar o mundo?
Saiba pai, que o fiz nos momentos de tristeza.
Nos momentos em que sempre angustiado
Eu procurei por ti - e não te achei!...
Onde estarás que não me respondes
Quando eu clamo-te por um beijo?
Será que não ouves eu te pedir: - me beija?
Se podes! Então me beijai e escutai-me:
“Quando eu não estiver inspirado”,
E a minha voz estiver trêmula blasfemando coisas sem nexo,
Sem sentido algum.
Então, sentai ao meu lado!
Pondes tua mão sob meu ombro!
Abraçai minha cabeça! Confortai meu coração!
Contai-me uma estória do arco da velha!
Pois com certeza, pai querido,
Logo, logo...
Com as lágrimas já estancadas pelas brumas tempo,
Recomeçarei a escrever “aquele” belo poema
Que o perdi no dia que tu te foste
De mim!...