Desconforto

Anda, a noite anda.

Escorre sem fim, num monóto pingar,

enquanto rolo sem parar em meu caixão de dormir.

Não sou um vampiro qualquer,

me alimento de você

e digo mesmo que te odeio quando acordo.

Que droga de dia!

Esperaria toda eternidade

para perder essa palidez farçante,

esperaria uns minutos para ter você a meu lado

com a mesma raiva de sempre.

Pobre escuridão,

reclusa,

obtusa,

conclusiva.

Pulha!

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 23/05/2005
Reeditado em 12/01/2012
Código do texto: T19081