Rompendo mordaças

Tomado de coragem

seu peito grita, se agita,

um grito brutal, violento, selvagem.

É cada palavra esquecida, não dita.

O silêncio, outrora reinante,

a compungir sua alma quebrada

vai cedendo, assim, vacilante

a toda palavra agora gritada.

Rompendo mordaças antigas,

canta as velhas cantigas

que criança, o faziam dormir.

O canto desperta o ente dormente

da febre latente, demente

e já não há quem não possa seu canto ouvir.

helio ahcor
Enviado por helio ahcor em 11/11/2009
Código do texto: T1917265
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