Flor vermelha

A camerata de virgens

Dentro da máquina da aurora

Persuade o dia selvagem

No território da ausência.

Por dentro carregado de frequência

O destino de sol age nos olhos

Com notas de teor evanescente.

Na casa de adobe canta triste

O pássaro do adeus, voz da alma.

A terra ferida quer na superfície

As cores ínfimas, flor vermelha,

Flor vermelha saciada, voz da alma,

Como deserto peneirado

Pelo vento, pelo ocaso.

Quer do amor o instinto bloqueado.

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 19/11/2009
Reeditado em 10/10/2011
Código do texto: T1932426
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.