Por ter parado

Com o seu nada consumado,

viveu o seu modo consumido

e, entre mudo e consternado,

viveu o seu medo desmedido...

Com o seu sorriso disfarçado,

viveu entre os zelos escondido,

mostrando sempre o pior lado,

seu ser amargo e confrangido...

Quis ter sua vez e ter sentido

pois cansou-se de estar calado,

mas, ao invés de ser redimido,

pela sua dor foi despedaçado...

Aí, PAROU, sem ter vivido

e MORREU, sem ter chagado...

Não parou por ter MORRIDO,

mas, morreu por ter PARADO !...

Marinhante
Enviado por Marinhante em 10/08/2006
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