Por ter parado
Com o seu nada consumado,
viveu o seu modo consumido
e, entre mudo e consternado,
viveu o seu medo desmedido...
Com o seu sorriso disfarçado,
viveu entre os zelos escondido,
mostrando sempre o pior lado,
seu ser amargo e confrangido...
Quis ter sua vez e ter sentido
pois cansou-se de estar calado,
mas, ao invés de ser redimido,
pela sua dor foi despedaçado...
Aí, PAROU, sem ter vivido
e MORREU, sem ter chagado...
Não parou por ter MORRIDO,
mas, morreu por ter PARADO !...