Fuga poética...

Guardei versos em gavetas...

Fiz meu dia ter quarenta e oito horas...

Corri para lá... Corri para cá...

Ouvi músicas... Li muitos sonhos...

Mas só a poesia para me fazer

viajar enquanto estou estática...

Joguei rimas para o teto...

Fiz dos minhas noites de quatro horas

momentos de poemas imaginários...

Quis pegar uma folha... uma caneta...

e "dar à luz" às minhas emoções...

Mas as rimas não saíram do teto...

Mas só a poesia para me fazer

olhar as estrelas na minha varanda

e suspirar diante da minha ignorância...

Meu dia ainda tem que ter

quarenta e oito horas...

Minha noite ainda tem quatro horas...

Mas as rimas não mais vão para o teto

e não há mais versos guardados em gavetas...

As estrelas continuam a ser as minhas juízas,

mas agora tornaram-se minha cortina de luz!

Verônica dos Santos
Enviado por Verônica dos Santos em 15/03/2010
Código do texto: T2140654
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