Pé calejado, inchado.
Andarilho andrajoso
que viaja no tempo,
em cada lamento
calado no peito.

É todo o jeito
que encontrou de viver.

Viajando sozinho,
nas estradas da alma,
o seu peito sem calma
nunca soube parar.

Não conseguiu encontrar
o seu porto seguro,
aquela luz no escuro
que sempre o fez caminhar.

Andarilho perdido,
que ficou esquecido
em um sonho qualquer.

Num olhar de mulher
que o vendo partir
sem saber o que quer,

aliviada, por certo
esqueceu-se da dor
que era tê-lo por perto,
querendo partir

Caminha, andarilho errante!
anda até esmorecer!
Que parar é somente o que falta,
para teu corpo morrer.

helio ahcor
Enviado por helio ahcor em 17/06/2010
Reeditado em 17/07/2010
Código do texto: T2325447
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