Não joguem fora os meus brinquedos
Não joguem fora as tampinhas coloridas
e muito menos o meu carrinho de rolimã...
eles representam sonhos, sorrisos e vidas;
sem eles, como voltar a ser criança amanhã?...
Não queiram curar minha febres terçãs
que eram tal como as figurinhas repetidas
que acrescentavam buscas aos meus afãs
em tantas e ansiosas esperas repartidas...
Não joguem fora meu cavalinho de pau...
O tempo é por demais longo, frio e mau
e já muito me falha e titubeia o passo...
Deixem-me envelhacer entre os brinquedos
que sempre me defenderam dos meus medos
e hão de me amparar no meu cansaço !!...