TRISTEZA DISFARÇADA
Quem me vê alegre desse jeito,
Não sabe da dor que carrego no peito,
E, nem do que o meu coração é feito.
Quem me vê assim, de rosto pintado,
Não sabe que já devia tê-lo borrado,
Pelas as lágrimas que tenho chorado.
Se pudessem ver a minha alma,
Por certo não bateriam palmas,
Nem de mim, dariam mais risadas.
Um sorriso estampado na face
E uma lágrima em disfarce,
A aparência de alegria nasce.
Independente da dor no coração
Me importa é a minha imaginação,
Trazida por uma mágica inspiração.
Escolhi por assim seguir à revelia
Transformando a dor em poesia,
Em muitos provocando a alegria.
Pelas pessoas eu me convenso
E, com um sorriso apresento
Fazendo rir, estando sofrendo.
A minha alma de criança,
Nenhuma maldade alcança,
Alimenta a minha esperança.