Asas partidas

Tento voar entre paredes vazias em vão

por que paredes são brancas e úmidas, sem valor.

Asas quebradas pela esperança vazia

um vôo num abismo pode se tornar uma queda livre sem volta.

Espreguiço-me de meu corpo

abrindo as asas de minha alma

encharcadas pela esperança mal dita

conforme outrora tentei voar ao éter.

Tento voar entre paredes simétricas

na simetria da confusão aérea

de frenéticas guinadas

impulsionadas por asas frágeis ao calor humano.

Tento voar entre paredes da imaginação

questionando a veracidade da afirmação

formulada pelos ossos invertebrados

frágeis como a cera ao sol.

Querendo saber o dom da mortalidade

pelo meio mais fácil que possa haver

qual asa se levantaria alçando vôo

em direção do penhasco desconhecido.

Tento voar através de paredes insólitas

como comprimento de valores sutis

de homem-pássaro com suas asas

mesmo que sem finalidade,

tranqüilize seu ego,

como compromisso ao seu caos.

JorgeBraga
Enviado por JorgeBraga em 29/01/2011
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