Lembranças Vagas

Lemranças vagas de amores idos

Tempestades de desejos

Uma folha que cai

E outra que o vento leva.

Uma sombra furtiva

Por entre o parreiral

E a menina que corre

Do outro lado da varanda.

O sentimento que nasce

Com o por do sol

E galopa a noite

Igual febre terçã.

Tudo é lembrança,

A uva que amadurece

E os designios de Deus

Que ninguem esquece.

A moça do outdoor

Que me sorri, lá da esquina,

E os delirios desfeitos

Com a chuva fina que cai.

A noiva que peca

No choro contido

E as lagrimas do Cristo de gesso

Que me mira do alto da cruz.