No interior do eu
Nego a superficialidade,
A convenção, o parecer
Nego a mediocridade
E nego assim esse querer
Vestido de falsidade
Nego o eu que nega o viço
Da criança que nós somos
Nego o tudo o que é enguiço
Ao ver a vida risonhos
Nego todo o que é postiço
Que essa beleza interior
Do eu não subordinado
Negue a essência melhor
Que é o recusar um fado
Que outro eu nos quer impôr
Julho, 2011