Acolhida de agosto

O cavalo brioso destas veias de corda

Onde ancora a primeira mariposa de agosto

Confere as honrarias da luz

Exatamente neste instante

Onde flui o tempo,

Na noite em que deflui o encanto.

Nesta casa nova sem fantasmas,

(antes que alguém veja)

Percorrem dádivas de íris

Onde percorre o vinho

Sobre a taça do seio consumido

Sobre o tédio desalmado.

Escorre mel do tronco selvagem da incerteza

Em tímida flor cortando cercas

Unhas riscam as costas como areia

Aconchegada ao mar em terra firme.

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 03/08/2011
Reeditado em 09/08/2011
Código do texto: T3136439
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