Poesia Bruta

Poesia Bruta

Minha poesia é bruta

Não sei como civiliza-la

E ela cavalga chucra,

Mesmo quando falo de flores

Das florzinhas silvestre da caatinga

Ou das estrelas que nascem

Nos confins dos ceús,

E das que morrem, ao se mudarem

Bem aqui no canto do meu olho.

Minha poesia é bruta

Como um istrépe de mandacarú

Ou a carícia da jumenta no cio

E até mesmo no ardoroso beijo

Que te faz chorar.