Geografia do azul

Vemos o mundo que sabemos

Pelos sentidos da palavra escrita

Temos as manhãs de calma

As tardes de silêncio

As noites de cósmicas lições

Prosseguimos desconhecidos e unidos

Pela curiosidade da voz

Que a palavra escrita adula

Sobre a alma clara

Das duas almas em retrato fixo

Movem-se círculos de pensamentos

Na embriaguez vetiginosa do instante

Nessa palavra sem corpo e sem rosto

A voz une sílabas de olhos pássaros

No voo altíssimo do mistério nítido

Na bissectriz de dois pontos distintos

Tão distantes quanto onipresentes

Eles cantam, eles cantam verbos

Embalando as estrelas cintilantes...

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 10/10/2011
Reeditado em 16/09/2020
Código do texto: T3268159
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.