No Canavial

No Canavial

O vento tera assobio

Da aba do chapelão de palha

E orabo de galo sobe e desce

Tinindo, cortando a caiana

E tirando a palha.

É no abaixar e levantar das ancas

Que miha negra me provoca

E hoje eu não termino meu eito.

Nem vejo mais o rosto suado

Só o cós da calça encharcado

E o chiado dela ao chupar a cana

Mas ela nem percebe

Que me deixa mais em pecado.

Texto do Livro O Quarto Interior (inédito)