A ESTRELA DO POETA

“Antes o voo da ave, que passa e não deixa rasto,

Que a passagem do animal, que fica lembrada no chão.

Passa, ave, passa e ensina-me a passar”! (Alberto Caeiro)

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O poeta passa,

Cabisbaixo,

Batendo a asa

Ao compasso

Da sua desgraça.

Insípidos olhares

Recusam-se a fitar

Os ares,

Preferindo fixar

Os seus umbigos.

O poeta, no seu voar,

O que apenas faz

É cantar

A paz,

E questiona, como foi capaz

De criar

Tantos inimigos?!...

E o poeta voa

Entre distantes universos,

Afastando sonhos perversos

Pois só existe gente boa

Nos seus versos!...

Ah voa!...

Poeta voa!...

Ensina-me a voar!

O teu voo nunca é à toa

E o sonho que queres passar,

Na Terra há-de ficar.

A tua mensagem

É Luz!...

Igual à imagem

Daquela bela

Estrela

Sobre a gruta de Jesus!

(08/11/2006)

HENRICABILIO
Enviado por HENRICABILIO em 11/01/2007
Reeditado em 30/07/2009
Código do texto: T343758
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