Velha estrada

Caminho a mesma, velha estrada.

Pegadas de saudade,a terra marca.

Sou agora, a esfinge perfeita, da dor!

Mas, por esta estrada,um dia passei

cabelos ao vento, riso feliz e franco

celebrando,do imensurável amor,

seus mistérios,seu encanto...

Nos fins de tarde, a beira do caminho

colhias, flores para me ofertar.

E neste gesto, mistico, de carinho,

a vida, docemente, conduzia,

o teu e, o meu sonhar!

Hoje, a beira desta estrada,

vou ficar jogando lembranças fora

até,a primeira estrela,no céu,aparecer...

E, na beleza deste instante,

no milagre da simbiose do amor ausente

ondas magnéticas de saudade,

hão de percorrer toda cidade,

e, te trazer de volta,

ao caminho da felicidade

antes, de um novo amanhecer!

(João Pessoa, julho de 1972)

Josenete Dantas
Enviado por Josenete Dantas em 31/08/2012
Reeditado em 29/03/2015
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