Velha estrada
Caminho a mesma, velha estrada.
Pegadas de saudade,a terra marca.
Sou agora, a esfinge perfeita, da dor!
Mas, por esta estrada,um dia passei
cabelos ao vento, riso feliz e franco
celebrando,do imensurável amor,
seus mistérios,seu encanto...
Nos fins de tarde, a beira do caminho
colhias, flores para me ofertar.
E neste gesto, mistico, de carinho,
a vida, docemente, conduzia,
o teu e, o meu sonhar!
Hoje, a beira desta estrada,
vou ficar jogando lembranças fora
até,a primeira estrela,no céu,aparecer...
E, na beleza deste instante,
no milagre da simbiose do amor ausente
ondas magnéticas de saudade,
hão de percorrer toda cidade,
e, te trazer de volta,
ao caminho da felicidade
antes, de um novo amanhecer!
(João Pessoa, julho de 1972)