A casa da Praia

O por do sol, dava sinais do fim do dia

quando para aquela praia, sozinha,ia...

Assim, como quem tem, somente, ida

Ganhei a estrada sem medo de ser ferida

Por estilhaços do meu feliz passado.

O carro deslizava, comigo, pelo asfalto.

Aos poucos, ia colhendo novas paisagens.

Enquanto eu, presa ao sinto de segurança,

No velocímetro marcava minhas lembranças.

No peito, carrego malas e bagagens

Por anos de ausencias acumuladas.

Nos olhos, a visão de ilusões desperdiçadas.

Nas mãos, algumas migalhas de esperanças!

Chego, finalmente a antiga casa!

Pouco distante do " Bar de Onaldo" ficava

Pelo tempo, vidas vão ficando para trás...

Até o "Bar do Marcão, não existe mais,

Só o mar que, se quedava em frente a casa

Sequer, sua rotina secular, mudara,

Nem a casa, por seus alpenddres rodeada

Com certeza, hoje, sente falta

Da rede branca, sempre amada

Onde todo fim de tarde

De mansinho, sem fazer alarde

Nosso amor, se espreguiçava!

Josenete Dantas
Enviado por Josenete Dantas em 17/09/2012
Reeditado em 15/04/2014
Código do texto: T3886260
Classificação de conteúdo: seguro