A casa da Praia
O por do sol, dava sinais do fim do dia
quando para aquela praia, sozinha,ia...
Assim, como quem tem, somente, ida
Ganhei a estrada sem medo de ser ferida
Por estilhaços do meu feliz passado.
O carro deslizava, comigo, pelo asfalto.
Aos poucos, ia colhendo novas paisagens.
Enquanto eu, presa ao sinto de segurança,
No velocímetro marcava minhas lembranças.
No peito, carrego malas e bagagens
Por anos de ausencias acumuladas.
Nos olhos, a visão de ilusões desperdiçadas.
Nas mãos, algumas migalhas de esperanças!
Chego, finalmente a antiga casa!
Pouco distante do " Bar de Onaldo" ficava
Pelo tempo, vidas vão ficando para trás...
Até o "Bar do Marcão, não existe mais,
Só o mar que, se quedava em frente a casa
Sequer, sua rotina secular, mudara,
Nem a casa, por seus alpenddres rodeada
Com certeza, hoje, sente falta
Da rede branca, sempre amada
Onde todo fim de tarde
De mansinho, sem fazer alarde
Nosso amor, se espreguiçava!