Poética/Dorme- Armistício.
I
Dorme o ninho das metralhadoras.
Dormem os canhões,
Os aviões, corações esfacelados,
corpos cansados,
Nas noites do armistício.
Nenhuma voz de comando.
O silêncio é mortalha.
Somente a inspiração,
Ah! essa voz silenciosa
agora insistente....
Deitado em seu catre
cheirando à pólvora e à morte,
ele, soldado, também POETA!
21/09/2012
José Alberto Lopes®