= Esperanças ateadas =

O porquê deste vazio?

Será o vôo rasante?

Ou será que o mergulho foi muito profundo?

Não sei!

Sinto-me fora do mundo.

O poeta sofre pelos intepéries da vida

Versa em fuga, suas tristes agonias

Entre traços e rabiscos

Traçado é o seu destino.

Alço vôos bem alto

Protejo-me do que me faz real.

Vagueiarei em outras paragens.

Busco o meu cantinho encantado

Crio cenas memoráveis

Sempre ao seu lado da minha mulher sonhada.

Acredito na existência do amor

É este o sentimento latente

que percorre por todo o meu corpo

invadindo a minha alma.

Externo-me em versos.

Teimosamente mergulho fundo

Certeza, só dos meus sentimentos!

Retorno em vôo rasantes

Busco bem de perto o realismo dos meus sonhos.

A paixão é insana, cega-me

Trombo contra o muro

Machucado, estatelo-me no chão

Arrasto-me até o abrigo

Minhas asas estão quebradas

Perece meu orgulho

Abraço a solidão.

Sou poeta

Sou gado de invernada

Não me permito à morte

Luto!

Agarro o último fio da esperança.

O tempo oferece-me...

... A tinta, ao pincel e a tela.

Pinto um novo mundo em aquarela

Lento, bem artesanal

Construo as minhas novas asas

Mais fortes

Capaz de voar contra o vento

Preparo-me para amar.

Infinitas são as possibilidades

Frágil é o meu coração

Ele não ouvi a minha voz

Nem mesmo a da razão.

O muro se ergue bem distante

Tenho medo!

Sou um sonhador inveterado

Creio no amor verdadeiro

viajo em novos vôos

Mergulho cada vez mais profundo

Não me é importante quantas asas ainda terei que quebrar

Com certeza o muro, um dia, ainda hei de ultrapassar.

Antônio (Tonho)

ANTÔNIO TAVARES
Enviado por ANTÔNIO TAVARES em 28/09/2012
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