ENTRE AS PEDRAS
ENTRE AS PEDRAS
Eu era adolescente
Tinha um travesseiro nas mãos
Um punhal na cintura
Uma facão no coração
Já tinha vivido de tudo um pouco nesta vida
Portas e janelas já se fecharam...
Ah! Tantas vezes...
Tantas ilusões vividas!!!
Eu tinha pouco, mas o pouco que eu tinha era muito.
Do muito que não era nada para você!
Fiquei adulta e pude então pisar no chão,
Nas pedras de Brasília.
Terra seca,
Cheiro de éter,
Mas não deixa de ser o caminho das oportunidades...
Não tem mar,
Nem espaço para amar...
Frio e seca,
Granizo...
Gente falsa e hipócrita,
Gente verdadeira e honesta?
Pedras que levam ao caminho do poder...
Mas, que poder?
Poder de quem?
De quem enfrenta o seu trânsito em seus carros blindados, pretos, oficiais.
Amigos?
Pura ilusão.
Brasília,
Terra de barão.
Andréa Ermelin
02 de dezembro de 12.
Salvador-Bahia/ Brasil.