VIOLANDA
(Entre primas e bordões)
[Ode à minha Viola]
Debruçada sobre a chenilha,
Um corpo nu, escultural.
Pele envernizada
E alma em leque, solta!
Na boca, madrepérolas
E um olor de jacarandá.
Impossível não tê-la, impossível.
Impossível não amá-la.
Em suas curvas
Solenemente me curvo, me encaixo
Trazendo-a fortemente ao peito meu.
Impossível tê-la e não tocá-la!
Em seus varais tensos
Estendo versos molhados!
Jal 2004