VIOLANDA

(Entre primas e bordões)

[Ode à minha Viola]

Debruçada sobre a chenilha,

Um corpo nu, escultural.

Pele envernizada

E alma em leque, solta!

Na boca, madrepérolas

E um olor de jacarandá.

Impossível não tê-la, impossível.

Impossível não amá-la.

Em suas curvas

Solenemente me curvo, me encaixo

Trazendo-a fortemente ao peito meu.

Impossível tê-la e não tocá-la!

Em seus varais tensos

Estendo versos molhados!

Jal 2004

José Alberto Lopes
Enviado por José Alberto Lopes em 05/03/2013
Reeditado em 20/04/2022
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