Liberdade

No  universo infinito,
Na alma tosca e cambaleante,
Também sem tempo e espaço definido,
Não tem boca nem ouvido.

Por vezes em ruas errantes,
Outras, entre almas palacianas,
Que de punhos cerrados,
Nos portais de ouro,
nem conseguem dormir.

Outras vezes carregam enormes fardos!...
Pelos outros ditos coitados!...
No entanto são instrumentos do poder,
Que os usa como parte do seu ser.

Quisera poder lhes dizer, sou livre!
Não recebo ordens!
Apenas palavras,
Que cumpro e muda meu viver

Tenho a mente livre!
Falo penso e decido!
Planto e colho!...
Não sem antes ter
 cuidado do que plantei!...

Tudo isso ocorre,
Porque em minha mente,
Há algo novo e crescente,
Não um ser que nada sente.

Por amor a liberdade,
Eu sou parte eu sou tudo,
Por um tempo definido,
Em outro tempo infinito,

E viva a liberdade!
A mente livre caminha,
Tal e qual,
O gigante ser que a domina!

Denise Figueiredo