Caminhos de um amor eterno
Tenho nas mãos, um amor antigo.
Pela vida, vou guardá-lo comigo,
sob um manto de lembranças e saudade.
E assim, nos braços,vou conduzi-lo
por estas terras estranhas,
leva-lo, à lugares distantes.
onde o silencio da terra,
nem a solidão das serras
possam molestá-lo
com falsos acenos de felicidade!
Vou assim, no coração, na alma. com cuidado
leva-lo como quem conduz um filho amado!
Vou escondê-lo, onde ninguém possa machucá-lo.
Irei protege-lo, neste peito, já cansado
porém, suficientemente forte, para aconchegá-lo!
E, quando algum dia,
pela vida, eu for traída,
e, a morte me encontrar, então vencida
mesmo assim , este amor estará comigo
andando os caminhos do infinito,
vivendo sonhos de felicidade
nos jardins da eternidade
sem nunca mais, sentir, saudade...
( Praia de Canoa Quebrada, outubro de 1973