Cartas à beira mar! Inverno da alma.

Meu amor, cada noite escrevo uma carta.

Já são tantas e tantos escritos

que nunca mandei.

Quisera mandar, desisti.

Mas insisto em voltar aqui.

Beira mar que tanto me acalma,

alivia a dor e a alma.

Cada onda que quebra na areia,

nova linha que escrevo e me atrevo

a me ver ao teu lado,

e desse meu jeito estressado,

amasso a folha de novo.

De novo as palavras se vão

escritas que foram

em vão.

E esses tremores que trago na mão

é a conta que pago

da compras que fiz

nessa vida que estrago.

Esse frio que não passa!

É inverno agora.

No tempo e na alma,

o calor foi-se embora.

Que saudade de ti, meu amor,

tanta paz trocada por dor!

É inverno agora.

Faz um frio congelante lá fora.

E congela por dentro

meu peito vazio.

Sinto tanto frio!

Tanto frio, meu amor...

Retornando ao recanto, fui rever meus rabiscos guardados. Encontrei meu inverno guardado ali.

helio ahcor
Enviado por helio ahcor em 26/07/2013
Código do texto: T4405567
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.