Morada de Deus


Meu olhar contemplava aqueles montes
Com seu crepúsculo deslumbrado de cores
E aquela igrejinha pintada de cal
No vértice do horizonte
Solitária no cálice da imensidão
 
Seu sino badalava uma canção
Silenciosa
Seu hino entoava uma pura solidão
As negras andorinhas eram uma procissão
Naquela tarde quente de verão
 
Minha razão não entendia
Como Deus cabia
Naquela pequena igrejinha
Construída pelo tempo
Desgastada pelas tempestades
E pelos uivos do vento
 
Mas meus versos foram se tornando
Minha oração
E percebi que se Deus cabia
No meu triste coração
E nos versos da minha pobre
Poesia
Bem podia caber
No interior daquela igrejinha.
 
                  
 
                               Luiz Alfredo - poeta
 
luiefmm
Enviado por luiefmm em 17/10/2013
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