O SERTÃO E O CAMPESINO

No meu rude poetar

Gosto sempre de cantar

Sobre o meu sertão querido

Cenário que o campesino

Trabalha desde menino

E morre sempre esquecido

No sertão toquei viola

Lá doutrinei minha escola

Pro sertanejo sedento

Pra família campesina

Eu preguei minha doutrina

E cantei seu sofrimento

Eu canto o sertão pacato

Onde o sertanejo grato

Cultiva a terra adorada

E vive tranquilamente

Doutrinando a sua gente

No velho cabo da enxada

O sertão nunca desmente

O sertanejo carente

Sempre lida co’a verdade

Tudo quanto ele produz

Tem a marca de Jesus

E a força da eternidade

No seu labutar amigo

Ele traz sempre consigo

A luz da clarividência

Como uma figura humilde

Ele ataca desumilde

Que rouba nossa existência

Distante do citadino

O caboclo campesino

Vive longe de quizília

Imprecando em seu labor

Sinceridade e amor

Pra sua nobre família

O nosso bom camponês

Sempre louva a placidez

Do seu casebre invulgar

E como bom cidadão

Respeita de coração

Nosso sertão popular

O campesino mantém

Felicidade também

No seu pacato ambiente

Num clima de gratidão

Ele busca a mansidão

Pra sua querida gente

O meu sertão não destrona

Nem o sertanejo é cafona

Como muita gente pensa

Esse sujeito caipira

É sempre quem mais inspira

Nossa verdadeira crença

Nestes versos genuínos

Cantei sobre os campesinos

Gente amiga do sertão

Sertão berço da viola

Que consagrou nossa escola

Como bela tradição

Eu cantei com muito tento

O velho sertão sedento

Terra humilde e quase pêca

Reduto que a fome ingrata

Ao sertanejo maltrata

Em todo tempo de seca

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 16/01/2014
Reeditado em 16/01/2014
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