Beco do mundo
Agora a estrada
fecha portões de ferro para não haver
volta. E as chaves guardadas
em escapulários do lado de dentro
dirão não existir nenhum dever
a ser feito; nada a burilar
a não ser o próprio ourives
voltado ao detalhe de si mesmo
na eternidade da ausência...
Bater em retirada não tem sentido,
lugar aonde ir não há,
a luta foi perdida por existir
algo ainda a ser feito
além da força combalida
enferrujada em óxidos e peróxidos...
Vais liberar-te, disseram-me;
e descubro não haver
qualquer sentido em ser liberto.